
A fobia social, também conhecida como perturbação de ansiedade social, é caracterizado por:
- Medo intenso de ser julgado/a ou humilhado/a em situações sociais;
- Ansiedade antecipatória de encontros, reuniões ou apresentações;
- Evitar interações como falar em público, ir a festas, pedir ajuda em lojas;
- Sintomas físicos como rubor, tremores ou náuseas em contextos sociais.
A pessoa com fobia social deseja interagir, mas é bloqueada pela ansiedade, pela antecipação de falhar ou de ser exposta negativamente.
Quando pensamos se é fobia social ou autismo, a vontade de se conectar (ainda que com medo) é um ponto de diferenciação.
O que é o autismo (Perturbação do Espectro do Autismo)?
A Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que envolve alterações na forma como a pessoa comunica, interage e percebe o mundo. Em adultos e adolescentes, pode manifestar-se como:
- Dificuldade em compreender regras sociais implícitas;
- Comunicação literal, uso reduzido de linguagem não verbal
(expressões faciais, gestos);
- Interesse profundo e focado em temas específicos;
- Dificuldade em manter conversas recíprocas ou interpretar emoções alheias;
- Rigidez de rotinas e desconforto com mudanças;
- Em alguns casos, sensibilidade sensorial (luz, som, toque).
Ao contrário da fobia social, no autismo pode não existir o desejo de socializar da mesma forma ou pode haver uma diferença na forma como as relações são vividas.
Fobia social ou autismo? Sinais para distinguir

E quando coexistem?
É possível que uma pessoa esteja dentro do espectro do autismo
e tenha também fobia social.
Pessoas com autismo (especialmente no nível 1, antes conhecido como Asperger) desenvolvem ansiedade social por experiências de rejeição, bullying ou dificuldade em compreender contextos sociais.
Nestes casos, o apoio deve ser ainda mais especializado,
considerando as duas dimensões.
Como é feito o diagnóstico?
Distinguir se se trata de fobia social ou autismo exige uma avaliação psicológica ou neuropsicológica detalhada, feita por profissionais especializados.
Na Clínica Tear, a avaliação envolve:
- Entrevista clínica profunda;
- Questionários padronizados;
- Observação do comportamento e análise do histórico de desenvolvimento;
- Em alguns casos, encaminhamento para avaliação multidisciplinar (psicologia + psiquiatria + terapia da fala).

Qual o tratamento?
Para a fobia social :
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) focada na reestruturação do pensamento e exposição gradual;
- Treino de competências sociais;
- Técnicas de regulação emocional e relaxamento;
- Em casos moderados a graves, pode ser incluída medicação ansiolítica (prescrita por médico).
Para o autismo :
- Intervenção psicoeducacional focada nas dificuldades sociais;
- Terapia individual com adaptação ao estilo cognitivo da pessoa;
- Treino de competências adaptativas e funcionais;
- Acompanhamento familiar e, se necessário, apoio psiquiátrico.
Ambas as condições são reais, impactantes e tratáveis. Saber se é fobia social ou autismo não é uma questão de rótulo, mas de compreender melhor o que se sente e procurar o tipo certo de apoio.
Na Clínica Tear, há espaço para escutar com empatia, avaliar com rigor e construir um plano terapêutico personalizado.














