
Segundo o DSM-5-TR, a depressão, também conhecida como perturbação depressiva major, caracteriza-se por um conjunto de sintomas emocionais, cognitivos, físicos e comportamentais e causam sofrimento clinicamente significativo.
A depressão pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade, independentemente do contexto social, económico ou familiar.
O que muda é a forma como se manifesta, e é por isso que reconhecer os sinais é fundamental.
Sintomas mais comuns de depressão
A depressão pode apresentar-se de formas diferentes em cada pessoa, mas existem sinais frequentes que não devem ser ignorados:
- Tristeza profunda e persistente;
- Perda de interesse ou prazer em atividades antes agradáveis;
- Sentimentos de culpa ou inutilidade;
- Irritabilidade ou agitação emocional;
- Sensação de vazio ou desesperança.
- Dificuldade de concentração e tomada de decisões;
- Pensamentos negativos recorrentes;
- Ideação suicida ou pensamentos sobre a morte.
- Alterações do apetite e do peso (ganho ou perda);
- Perturbações do sono (insónia ou sonolência excessiva);
- Fadiga constante e falta de energia;
- Dores sem explicação médica (cefaleias, dores musculares, problemas digestivos).
- Isolamento social e afastamento de pessoas próximas;
- Diminuição do desempenho no trabalho ou nos estudos;
- Falta de motivação para tarefas básicas do dia a dia.

Causas e fatores de risco da depressão
A depressão resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Entre os mais comuns estão:
- Predisposição genética e história familiar de depressão;
- Desequilíbrios neuroquímicos (serotonina, dopamina, noradrenalina);
- Experiências traumáticas ou perdas significativas;
- Stress crónico ou pressão constante;
- Condições médicas associadas (doenças crónicas, dor persistente);
- Factores ambientais, como isolamento social ou dificuldades financeiras.
Importa reforçar: a depressão não é sinal de fraqueza pessoal, mas sim, uma condição de saúde que precisa de atenção e tratamento.
Tratamento da depressão
A depressão tem tratamento e, com a ajuda certa, a recuperação é possível. As intervenções mais eficazes incluem:
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): ajuda a identificar e mudar padrões de pensamento negativos;
- Psicoterapia interpessoal: foca-se nas relações e no impacto emocional;
- Terapias de terceira geração: mindfulness, aceitação e compromisso.
Em casos moderados ou graves, pode ser necessária medicação antidepressiva, sempre prescrita por um psiquiatra, para regular os níveis de neurotransmissores.
- Sono regular e descanso adequado;
- Atividade física regular;
- Alimentação equilibrada;
- Reforço da rede de apoio social.
Quando procurar ajuda?
Se os sintomas persistirem por mais de duas semanas e começarem a interferir na vida quotidiana, é fundamental procurar ajuda especializada.
Quanto mais cedo a intervenção ocorrer, maiores são as hipóteses de recuperação e prevenção de complicações.
A depressão é a realidade silenciosa de milhões de pessoas no mundo todo.
Com apoio psicológico e psiquiátrico adequado, é possível recuperar a esperança, reencontrar a energia e reconstruir a vida.
Na Clínica Tear, cada pessoa é escutada sem julgamento e acompanhada com ciência, cuidado e humanidade.













