Sono e ecrãs tornaram-se dois conceitos quase inseparáveis na rotina moderna.
Passar horas ao computador é a norma para muitas pessoas: seja por motivos profissionais, académicos ou pessoais.
Mas essa exposição prolongada, especialmente à noite, afeta negativamente o descanso e a saúde mental.
Sono e ecrãs podem coexistir, mas é preciso estratégia e autocuidado.
Porque é que os ecrãs afectam tanto o sono?
A luz azul emitida por computadores, tablets e telemóveis inibe a libertação de melatonina, a hormona responsável por preparar o corpo para dormir.
Além disso, o trabalho ao computador exige foco, produtividade e estímulo mental contínuo, o que dificulta a transição para o relaxamento e para o sono profundo.
As consequências de uma má relação entre sono e ecrãs podem incluir:
-Dificuldade em adormecer;
-Sono superficial ou com múltiplos despertares;
-Cansaço ao acordar, mesmo após várias horas na cama.
Sono e ecrãs: estratégias para melhorar o descanso
Mesmo quando o uso de ecrãs é inevitável, existem medidas simples e eficazes para proteger o sono.
Aqui ficam 6 estratégias validadas pela ciência e pela prática clínica:
1. Definir uma hora-limite para os ecrãs
Idealmente, evite qualquer exposição a ecrãs nos 90 minutos antes de dormir.
Se não for possível, opte por:
-Óculos com filtro de luz azul;
-Ativar o modo “luz noturna” nos dispositivos.
2. Criar uma rotina de transição para o descanso
O cérebro precisa de sinais claros de que o dia terminou.
Sugestões práticas:
-Desligar o computador;
-Tomar um banho morno;
-Ler um livro físico (não digital);
-Ouvir música tranquila;
-Praticar respiração consciente ou meditação guiada.
3. Exposição à luz natural pela manhã
Passar 15 a 30 minutos ao sol logo de manhã ajuda a regular o ritmo circadiano e compensa o impacto da luz artificial noturna.
4. Evitar tarefas exigentes à noite
Evite reuniões, decisões importantes ou tarefas cognitivamente exigentes à noite.
Sono e ecrãs combinam melhor quando há tempo de transição entre o trabalho e o descanso.
5. Ajustar o ambiente de sono
-Quarto escuro, com temperatura confortável;
-Sem ruídos ou estímulos visuais intensos;
-Evitar usar o portátil ou o telemóvel na cama;
-Usar luzes quentes e suaves à noite;
-Evitar verificar e-mails ou redes sociais antes de dormir.
6. Escrever o que ficou “por fechar”
O cérebro mantém-se ativo quando há assuntos pendentes.
Dedique 5 minutos antes de dormir para escrever pensamentos ou tarefas por concluir:
esta simples prática ajuda a reduzir a ruminação e a libertar espaço mental.
E se mesmo com estas estratégias continuar a não dormir bem?
Nem sempre o problema é apenas a luz azul.
Muitas vezes, o sono é afetado por estados emocionais como ansiedade, burnout, depressão ou stress acumulado.
Nesses casos, a psicoterapia é uma ferramenta fundamental para:
-Trabalhar as causas emocionais da insónia;
-Desenvolver estratégias de autorregulação emocional;
-Recuperar o sono como um direito e um acto de cuidado.
Sono e ecrãs não têm de ser inimigos, mas é preciso restabelecer o equilíbrio.
Trabalhar com ecrãs é inevitável para muitas pessoas, mas a forma como se termina o dia determina a qualidade do sono.
Sono e ecrãs só se tornam incompatíveis quando o corpo e a mente deixam de ter tempo para desligar.
Na Clínica Tear, ajudamos a recuperar o descanso como um acto de saúde, e não como uma luta solitária.
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Referências bibliográficas
Passar horas ao computador é a norma para muitas pessoas: seja por motivos profissionais, académicos ou pessoais.
Além disso, o trabalho ao computador exige foco, produtividade e estímulo mental contínuo, o que dificulta a transição para o relaxamento e para o sono profundo.
As consequências de uma má relação entre sono e ecrãs podem incluir:
Se não for possível, opte por:
-Óculos com filtro de luz azul;
Sugestões práticas:
-Desligar o computador;
-Evitar usar o portátil ou o telemóvel na cama;
-Usar luzes quentes e suaves à noite;
Muitas vezes, o sono é afetado por estados emocionais como ansiedade, burnout, depressão ou stress acumulado.
Nesses casos, a psicoterapia é uma ferramenta fundamental para:
-Trabalhar as causas emocionais da insónia;
-Desenvolver estratégias de autorregulação emocional;
Sono e ecrãs só se tornam incompatíveis quando o corpo e a mente deixam de ter tempo para desligar.
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