Relação de Amor e Ódio: Porque É que Muitas Pessoas Romantizam Este Padrão Tóxico

“Não consigo viver contigo, mas também não consigo viver sem ti.”

Esta frase traduz o paradoxo de muitas relações marcadas pela mistura intensa de amor e hostilidade. Embora causem dor e instabilidade, muitas pessoas romantizam as chamadas “relações de amor e ódio”, vendo nelas uma forma de paixão intensa ou ligação especial.

Mas afinal, porque é que isso acontece? E quais os riscos de idealizar um padrão tão destrutivo?

O que caracteriza uma relação de amor e ódio?

Trata-se de um vínculo relacional em que coexistem:

-Momentos de afeto intenso, proximidade e desejo;

-Episódios de conflito, crítica, hostilidade ou afastamento emocional.

Este ciclo gera instabilidade e reforça a ideia de que “quanto mais difícil, mais verdadeiro”.

Na realidade, estamos perante um padrão relacional disfuncional, que desgasta emocionalmente ambas as partes.

Porque é que as pessoas romantizam este tipo de relação?

A psicologia aponta várias explicações:

1. Associação entre intensidade emocional e amor verdadeiro

Muitas pessoas acreditam que “o amor tem de doer” ou que “quanto mais ciúme e conflito, mais paixão existe”.

Este mito cultural reforça a ideia de que relações tranquilas são “aborrecidas”.

2. Padrões aprendidos na infância

Quem cresceu em ambientes onde afeto e crítica se misturavam pode, sem perceber, normalizar a instabilidade emocional como parte de amar e ser amado.

3. Ciclo de reforço intermitente

Momentos de carinho após conflitos intensos libertam grandes doses de dopamina e oxitocina, reforçando a sensação de alívio e prazer.

É o mesmo mecanismo psicológico que mantém dependências, quanto mais rara a recompensa, mais valorizada se torna.

4. Medo da monotonia e da perda

Algumas pessoas interpretam a instabilidade como sinal de que “há algo vivo na relação”, temendo que a calma signifique desinteresse ou abandono.

Os riscos de romantizar relações de amor e ódio

Apesar de parecerem apaixonantes, estas relações:

-Alimentam ansiedade, baixa autoestima e insegurança;

-Reforçam padrões de dependência emocional e medo da perda;

-Podem escalar para dinâmicas abusivas disfarçadas de “amor intenso”;

-Dificultam a construção de relações saudáveis baseadas em confiança, respeito e estabilidade.

Como quebrar este ciclo?

1. Reconhecer o padrão

O primeiro passo é aceitar que amor não precisa de dor. Relações saudáveis também têm paixão, mas sem destruir a autoestima.

2. Reforçar a autoestima

Quanto mais segura a pessoa se sente, menos tolera vínculos que alternam entre valorização e rejeição.

3. Procurar modelos relacionais saudáveis

Observar relações equilibradas (na família, amizades ou até na ficção) ajuda a perceber que estabilidade e amor podem coexistir.

4. Psicoterapia

A terapia ajuda a compreender de onde vem a tendência para romantizar instabilidade e a construir novos padrões de vinculação emocional.

Romantizar uma relação de amor e ódio é confundir intensidade com profundidade. Amor verdadeiro não alterna entre carinho e hostilidade: é presença, consistência e cuidado.

Se sente que está preso(a) num ciclo de paixão e dor, saiba: não é sinal de destino ou de amor único. É um padrão que pode ser compreendido, tratado e transformado. Na Clínica Tear, ajudamos a desconstruir vínculos dolorosos e a abrir caminho para relações mais saudáveis.

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Relação de Amor e Ódio: Porque É que Muitas Pessoas Romantizam Este Padrão Tóxico

“Não consigo viver contigo, mas também não consigo viver sem ti.”

Esta frase traduz o paradoxo de muitas relações marcadas pela mistura intensa de amor e hostilidade. Embora causem dor e instabilidade, muitas pessoas romantizam as chamadas “relações de amor e ódio”, vendo nelas uma forma de paixão intensa ou ligação especial.

Mas afinal, porque é que isso acontece? E quais os riscos de idealizar um padrão tão destrutivo?

O que caracteriza uma relação de amor e ódio?

Trata-se de um vínculo relacional em que coexistem:

-Momentos de afeto intenso, proximidade e desejo;

-Episódios de conflito, crítica, hostilidade ou afastamento emocional.

Este ciclo gera instabilidade e reforça a ideia de que “quanto mais difícil, mais verdadeiro”.

Na realidade, estamos perante um padrão relacional disfuncional, que desgasta emocionalmente ambas as partes.

Porque é que as pessoas romantizam este tipo de relação?

A psicologia aponta várias explicações:

1. Associação entre intensidade emocional e amor verdadeiro

Muitas pessoas acreditam que “o amor tem de doer” ou que “quanto mais ciúme e conflito, mais paixão existe”.

Este mito cultural reforça a ideia de que relações tranquilas são “aborrecidas”.

2. Padrões aprendidos na infância

Quem cresceu em ambientes onde afeto e crítica se misturavam pode, sem perceber, normalizar a instabilidade emocional como parte de amar e ser amado.

3. Ciclo de reforço intermitente

Momentos de carinho após conflitos intensos libertam grandes doses de dopamina e oxitocina, reforçando a sensação de alívio e prazer.

É o mesmo mecanismo psicológico que mantém dependências, quanto mais rara a recompensa, mais valorizada se torna.

4. Medo da monotonia e da perda

Algumas pessoas interpretam a instabilidade como sinal de que “há algo vivo na relação”, temendo que a calma signifique desinteresse ou abandono.

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Apesar de parecerem apaixonantes, estas relações:

-Alimentam ansiedade, baixa autoestima e insegurança;

-Reforçam padrões de dependência emocional e medo da perda;

-Podem escalar para dinâmicas abusivas disfarçadas de “amor intenso”;

-Dificultam a construção de relações saudáveis baseadas em confiança, respeito e estabilidade.

Como quebrar este ciclo?

1. Reconhecer o padrão

O primeiro passo é aceitar que amor não precisa de dor. Relações saudáveis também têm paixão, mas sem destruir a autoestima.

2. Reforçar a autoestima

Quanto mais segura a pessoa se sente, menos tolera vínculos que alternam entre valorização e rejeição.

3. Procurar modelos relacionais saudáveis

Observar relações equilibradas (na família, amizades ou até na ficção) ajuda a perceber que estabilidade e amor podem coexistir.

4. Psicoterapia

A terapia ajuda a compreender de onde vem a tendência para romantizar instabilidade e a construir novos padrões de vinculação emocional.

Romantizar uma relação de amor e ódio é confundir intensidade com profundidade. Amor verdadeiro não alterna entre carinho e hostilidade: é presença, consistência e cuidado.

Se sente que está preso(a) num ciclo de paixão e dor, saiba: não é sinal de destino ou de amor único. É um padrão que pode ser compreendido, tratado e transformado. Na Clínica Tear, ajudamos a desconstruir vínculos dolorosos e a abrir caminho para relações mais saudáveis.


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