O regresso às aula é um momento de transição importante para crianças e adolescentes.
Mesmo quando há entusiasmo, o regresso às rotinas, à pressão escolar ou à socialização pode gerar desconforto emocional que nem sempre é fácil de verbalizar.
Para os pais, o regresso às aulas é mais do que comprar material escolar ou organizar horários, é uma oportunidade para promover segurança emocional e equilíbrio desde o início.
O que acontece emocionalmente no regresso às aulas?
O regresso às aulas envolve múltiplos factores de stress:
-Separação das figuras de vinculação;
-Medo de não corresponder às expectativas;
-Reintegração num grupo social com regras próprias;
-Comparações com colegas;
-Mudança de ciclo, escola ou professores.
Estas situações podem provocar ansiedade, insegurança, tristeza ou até irritabilidade — especialmente quando os sentimentos são ignorados ou desvalorizados.
Sinais de que algo pode não estar bem
Recusa em ir à escola
Queixas físicas sem causa médica
Alterações no sono ou apetite
Isolamento ou agressividade
Ansiedade de separação ou bullying
Somatização de stress
Sobrecarga emocional
Dificuldades sociais ou de autoimagem
Estes sinais não devem ser ignorados. O regresso às aulas também passa por estar atento ao que não é dito diretamente.
Como os pais podem ajudar? Estratégias fundamentais
1. Validar as emoções
Evite frases como “tens de ser forte” ou “isso não é nada”.
Diga antes:
“Compreendo que estejas nervoso, é natural.”
“Estou aqui para ajudar-te a lidar com isso.”
Nomear e validar emoções reduz a sua intensidade. O regresso às aulas começa com escuta ativa.
2. Criar rotinas previsíveis
A rotina dá segurança interna:
-Horários consistentes para acordar e dormir;
-Espaço fixo para estudar;
-Tempo definido para pausas e lazer;
-Refeições em conjunto, sempre que possível.
3. Preparar mentalmente o regresso
Conversar sobre o início das aulas, visitar a escola (se for nova) e recordar momentos positivos do ano anterior ajuda a reduzir a ansiedade antecipatória.
4. Estimular autonomia progressiva
Permitir pequenas decisões, como escolher a roupa ou o lanche, reforça o sentimento de competência.
5. Evitar sobrecarga extracurricular
Demasiadas atividades esgotam a energia emocional. O regresso às aulas implica respeitar o tempo de descanso.
6. Estar emocionalmente presente
Mais do que perguntar “como foi a escola?”, prefira:
“Houve algum momento difícil hoje?”
“Com quem te sentiste mais confortável?”
“Que nota darias ao teu dia, de 0 a 10?”
Cuidar do vínculo é cuidar da base de toda aprendizagem.
Quando procurar ajuda psicológica?
Se os sinais de ansiedade, recusa ou sofrimento persistirem por mais de 2–3 semanas, pode ser necessário apoio psicológico.
A intervenção precoce protege o bem-estar emocional e previne dificuldades futuras.
O regresso às aulas é um processo que envolve escuta, estrutura e presença.
A escola ensina. Mas é em casa que se protege, se cuida e se fortalece.
Na Clínica Tear, ajudamos famílias a crescer com equilíbrio, segurança emocional e confiança.
Outros artigos de interesse....
Referências bibliográficas
Fonseca, A. (2018). Promoção da Saúde Mental em Contexto Escolar.
APA (2023). Back to School: Helping Children Cope with Transitions.
Eccles, J. S., & Roeser, R. W. (2011). Schools as developmental contexts during adolescence.
WHO (2022). Mental health and psychosocial well-being among children and adolescents.
Mesmo quando há entusiasmo, o regresso às rotinas, à pressão escolar ou à socialização pode gerar desconforto emocional que nem sempre é fácil de verbalizar.
-Separação das figuras de vinculação;
-Reintegração num grupo social com regras próprias;
-Comparações com colegas;
-Mudança de ciclo, escola ou professores.
Recusa em ir à escola
Queixas físicas sem causa médica
Alterações no sono ou apetite
Isolamento ou agressividade
Somatização de stress
Evite frases como “tens de ser forte” ou “isso não é nada”.
Diga antes:
“Estou aqui para ajudar-te a lidar com isso.”
A rotina dá segurança interna:
-Horários consistentes para acordar e dormir;
-Espaço fixo para estudar;
-Tempo definido para pausas e lazer;
-Refeições em conjunto, sempre que possível.
3. Preparar mentalmente o regresso
Conversar sobre o início das aulas, visitar a escola (se for nova) e recordar momentos positivos do ano anterior ajuda a reduzir a ansiedade antecipatória.
Permitir pequenas decisões, como escolher a roupa ou o lanche, reforça o sentimento de competência.
Demasiadas atividades esgotam a energia emocional. O regresso às aulas implica respeitar o tempo de descanso.
6. Estar emocionalmente presente
Mais do que perguntar “como foi a escola?”, prefira:
“Houve algum momento difícil hoje?”
“Com quem te sentiste mais confortável?”
“Que nota darias ao teu dia, de 0 a 10?”
Cuidar do vínculo é cuidar da base de toda aprendizagem.
A intervenção precoce protege o bem-estar emocional e previne dificuldades futuras.
A escola ensina. Mas é em casa que se protege, se cuida e se fortalece.
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Referências bibliográficas
Fonseca, A. (2018). Promoção da Saúde Mental em Contexto Escolar.
APA (2023). Back to School: Helping Children Cope with Transitions.
Eccles, J. S., & Roeser, R. W. (2011). Schools as developmental contexts during adolescence.
WHO (2022). Mental health and psychosocial well-being among children and adolescents.