Disforia de Género: Compreender o Desalinhamento entre Identidade e Corpo
O que é a Disforia de Género?
A disforia de género é uma condição clínica reconhecida no Manual Diagnóstico e Estatístico de Perturbações Mentais (DSM-5-TR), caracterizada por uma incongruência persistente entre o género atribuído à nascença e a identidade de género experienciada ou expressa pela pessoa.
Para ser diagnosticada, esta incongruência deve manter-se por pelo menos seis meses e manifestar-se através de, no mínimo, dois dos seguintes critérios:
- Desejo intenso de eliminar as características sexuais primárias e/ou secundárias, por não corresponderem à identidade de género sentida.
- Desejo intenso de possuir as características sexuais do outro género.
- Desejo profundo de ser do género oposto.
- Desejo de ser tratado(a) como pertencente ao género com o qual se identifica.
- Crença convicta de possuir sentimentos e reações típicas do género oposto.
A disforia de género deve causar sofrimento clinicamente significativo ou interferência no funcionamento social, profissional ou noutras áreas relevantes da vida da pessoa.
Prevalência e Impacto na Saúde Mental
Estudos recentes indicam que entre 1,2% a 2,7% de crianças e adolescentes se identificam como transgénero. O aumento da prevalência poderá estar relacionado com uma maior visibilidade, aceitação social e liberdade de expressão de género.
A evidência científica é clara: adolescentes com disforia de género apresentam maior risco de ideação suicida, comportamentos autolesivos e sintomas de depressão ou ansiedade. A resposta clínica deve ser empática, livre de preconceitos e fundamentada em boas práticas de saúde mental.
Intervenção Clínica: Um Caminho Personalizado
Não existe uma abordagem única. O plano terapêutico deve ser ajustado à realidade e necessidades de cada pessoa. Pode incluir:
- Aconselhamento psicológico: Espaço seguro para explorar a identidade, lidar com a dor emocional, construir autoestima e reforçar mecanismos de regulação emocional.
- Terapia hormonal: Em casos cuidadosamente avaliados por equipa multidisciplinar, poderá ser indicada para alinhar o corpo com a identidade de género.
- Cirurgia de afirmação de género: Uma possibilidade em adultos, sempre após avaliação rigorosa e consentimento informado.
No caso de menores, todas as decisões devem ser tomadas em conjunto com os responsáveis legais e com base em parecer técnico especializado.
Porque o acompanhamento psicológico é essencial?
O apoio psicoterapêutico é uma âncora emocional importante ao longo de todo o processo. Ajuda a prevenir comorbilidades, como depressão, perturbação de ansiedade generalizada e comportamentos autolesivos. Contribui também para fortalecer a rede de suporte e validar a experiência vivida com respeito e sensibilidade clínica.
Ignorar os sinais pode significar prolongar o sofrimento.
Na Clínica Tear, dispomos de uma equipa especializada pronta para acolher cada pessoa com respeito, conhecimento técnico e total confidencialidade.
Se sente que o que vive não corresponde ao que é, ou conhece alguém que esteja a passar por isso, fale com a nossa equipa. Estamos aqui para ajudar.
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Referências bibliográficas
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Disforia de Género: Compreender o Desalinhamento entre Identidade e Corpo
O que é a Disforia de Género?
A disforia de género é uma condição clínica reconhecida no Manual Diagnóstico e Estatístico de Perturbações Mentais (DSM-5-TR), caracterizada por uma incongruência persistente entre o género atribuído à nascença e a identidade de género experienciada ou expressa pela pessoa.
Para ser diagnosticada, esta incongruência deve manter-se por pelo menos seis meses e manifestar-se através de, no mínimo, dois dos seguintes critérios:
- Desejo intenso de eliminar as características sexuais primárias e/ou secundárias, por não corresponderem à identidade de género sentida.
- Desejo intenso de possuir as características sexuais do outro género.
- Desejo profundo de ser do género oposto.
- Desejo de ser tratado(a) como pertencente ao género com o qual se identifica.
- Crença convicta de possuir sentimentos e reações típicas do género oposto.
A disforia de género deve causar sofrimento clinicamente significativo ou interferência no funcionamento social, profissional ou noutras áreas relevantes da vida da pessoa.
Prevalência e Impacto na Saúde Mental
Estudos recentes indicam que entre 1,2% a 2,7% de crianças e adolescentes se identificam como transgénero. O aumento da prevalência poderá estar relacionado com uma maior visibilidade, aceitação social e liberdade de expressão de género.
A evidência científica é clara: adolescentes com disforia de género apresentam maior risco de ideação suicida, comportamentos autolesivos e sintomas de depressão ou ansiedade. A resposta clínica deve ser empática, livre de preconceitos e fundamentada em boas práticas de saúde mental.
Intervenção Clínica: Um Caminho Personalizado
Não existe uma abordagem única. O plano terapêutico deve ser ajustado à realidade e necessidades de cada pessoa. Pode incluir:
- Aconselhamento psicológico: Espaço seguro para explorar a identidade, lidar com a dor emocional, construir autoestima e reforçar mecanismos de regulação emocional.
- Terapia hormonal: Em casos cuidadosamente avaliados por equipa multidisciplinar, poderá ser indicada para alinhar o corpo com a identidade de género.
- Cirurgia de afirmação de género: Uma possibilidade em adultos, sempre após avaliação rigorosa e consentimento informado.
No caso de menores, todas as decisões devem ser tomadas em conjunto com os responsáveis legais e com base em parecer técnico especializado.
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O apoio psicoterapêutico é uma âncora emocional importante ao longo de todo o processo. Ajuda a prevenir comorbilidades, como depressão, perturbação de ansiedade generalizada e comportamentos autolesivos. Contribui também para fortalecer a rede de suporte e validar a experiência vivida com respeito e sensibilidade clínica.
Ignorar os sinais pode significar prolongar o sofrimento.
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Se sente que o que vive não corresponde ao que é, ou conhece alguém que esteja a passar por isso, fale com a nossa equipa. Estamos aqui para ajudar.
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Referências bibliográficas
Copyright 2024 © Clínica Tear
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