
Ansiedade financeira é um estado de preocupação persistente relacionado com o dinheiro: quer exista uma dificuldade real, quer seja uma perceção exagerada da instabilidade.
Pode surgir em pessoas com dívidas, com rendimento baixo ou mesmo em quem tem uma situação financeira estável, mas vive em permanente receio de perder o que tem.
Sintomas de ansiedade financeira
A ansiedade financeira pode manifestar-se de várias formas:
- Preocupações constantes com o futuro económico
- Dificuldade em dormir por causa de questões financeiras
- Sensação de culpa ao gastar, mesmo em necessidades básicas
- Discussões recorrentes sobre dinheiro em casa
- Evitar olhar para contas, extratos ou fazer orçamentos
- Sintomas físicos: tensão muscular, dor de cabeça, fadiga
A ansiedade financeira é uma ferida emocional que, quando ignorada, afeta o corpo,
as relações e a saúde mental.
Causas comuns da ansiedade financeira
- Desemprego ou instabilidade no trabalho
- Endividamento ou falta de planeamento financeiro
- Expectativas familiares ou pressões sociais
- Educação financeira insuficiente
- Traumas relacionados com escassez ou pobreza
Muitas pessoas sentem que “deveriam saber gerir melhor”, o que só aumenta a vergonha e o isolamento. Mas a ansiedade financeira é mais comum do que se imagina e é possível lidar com ela com informação e apoio.

Estratégias para lidar com
a ansiedade financeira
1. Aceitar que o medo é válido
A ansiedade financeira não é exagero. O primeiro passo é validar o que se sente, e só assim se consegue agir com clareza e sem culpa.
2. Fazer um diagnóstico da realidade financeira
Evitar olhar para as contas só aumenta o stress. Reunir todas as despesas, rendimentos e dívidas ajuda a trazer clareza e é o início da mudança.
3. Criar um plano simples
Organizar um orçamento mensal e definir prioridades permite tomar decisões mais conscientes. Começar pequeno: entender para onde o dinheiro vai já reduz a ansiedade.
4. Evitar comparações sociais
A ansiedade financeira piora quando a pessoa se compara com quem “parece estar melhor”. Cada realidade é diferente, e o foco deve estar no que é possível fazer com os recursos disponíveis.
5. Cuidar da saúde mental em paralelo
A tensão constante pode gerar sintomas de burnout, ansiedade generalizada ou depressão. Psicoterapia pode ajudar a desconstruir crenças limitadoras (“não tenho valor se não tenho dinheiro”) e a desenvolver estratégias internas de regulação emocional.
6. Conversar com quem pode ajudar
Partilhar a preocupação com alguém de confiança ou procurar ajuda especializada (psicólogo/a ou consultor/a financeiro/a) alivia o peso do silêncio.
Ansiedade financeira é um problema real, mas também pode ser uma oportunidade para aprender, reorganizar e recuperar o controlo da própria vida.
Na Clínica Tear, ajudamos a transformar medo em clareza, culpa em responsabilidade e caos em equilíbrio.













